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Estabilidade em pesquisa e rejeição alta preocupam campanha de JB

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Em uma avaliação realista, integrantes da coordenação política da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) já demonstram desânimo nesta reta final da corrida eleitoral.

A percepção interna é que todo arsenal já foi usado e mesmo assim a nova pesquisa Datafolha aponta estabilidade, além de rejeição elevada de Bolsonaro.

Na campanha, a expectativa inicial era que a mobilização na comemoração do bicentenário da Independência, no 7 de Setembro, poderia criar uma nova onda nesta reta final antes das eleições,. Mas isso não se concretizou.

Outra aposta foi a PEC Eleitoral, que turbinou o Auxílio Brasil e o aumentou temporariamente para R$ 600. Mas o efeito eleitoral foi menor do que o esperado inicialmente por aliados políticos do presidente.

A pesquisa Datafolha divulgada já foi realizada num cenário de decantação depois de todo arsenal utilizado pela campanha de Bolsonaro.

O levantamento mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente com 33%. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB) tem 5%.

Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, de 9 de setembro, Lula se manteve igual. Já Bolsonaro oscilou de 34% para 33% – a diferença entre eles é de 12 pontos. Ciro oscilou de 7% para 8%. Tebet tem os mesmos 5% da semana passada, e Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 1% para 2%.

Na campanha de Bolsonaro, toda torcida agora é para que não haja uma desidratação de Ciro, Simone e Soraya. Isso porque, no cenário atual, a resiliência dos candidatos do segundo pelotão será a chance do presidente levar a disputa para o segundo turno.

Mesmo assim, há preocupação na campanha governista com a forma como Bolsonaro pode chegar ao segundo turno. Isso porque a rejeição elevada de 53% é considerada um obstáculo num eventual enfrentamento com Lula.

Toda a estratégia da ala política da campanha é para que haja uma moderação do discurso de Bolsonaro para tentar atrair os eleitores de centro.

Mas a percepção interna é que Bolsonaro tem demonstrado dificuldade em vestir esse novo figurino, e muitas vezes resgata o estilo bélico.

Para integrantes da campanha, com a rejeição elevada, Bolsonaro chega ao segundo turno bem mais fragilizado. Por isso, todo o esforço será para diminuir esse índice a padrões aceitáveis.

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