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Vendas do comércio recuam 0,8% em julho

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As vendas do comércio recuaram 0,8% em julho em relação a junho, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da terceira queda seguida.

Nos sete primeiros meses do ano, no entanto, o indicador ficou positivo em 0,4%, voltando a recuar 1,8% no acumulado dos últimos 12 meses.

A terceira queda seguida após meses de alta mostra uma retomada da trajetória irregular detectada desde o período mais grave da pandemia, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

O mês de abril foi o último com crescimento. Desde então, maio, junho e julho acumulam recuo de 2,7%.

Por conta disso, o setor se encontra praticamente no mesmo nível do período pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, com variação de 0,5%.
“O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade. Esse patamar já esteve muito mais alto. Em julho de 2021, ficou 5,3% acima de fevereiro de 2020”, diz Santos.

Na comparação com julho de 2021, o comércio varejista recuou 5,2%.

Veja abaixo o resumo do desempenho do setor:

Terceira taxa negativa mensal seguida no ano (-0,8%), após 4 taxas positivas: predomínio das taxas negativas em 7 das 8 atividades
Terceira taxa negativa consecutiva na comparação interanual (-5,2%): predomínio das taxas negativas em 5 das 8 atividades
Após duas taxas negativas, o acumulado do ano tem a quinta taxa positiva seguida (0,4%): predomínio de taxas positivas em 6 das 8 atividades
Terceira taxa negativa no acumulado de 12 meses (-1,8%), após 55 taxas positivas: taxas negativas em 4 das 8 atividades 

7 das 8 atividades tiveram taxas negativas

Em julho, em relação a junho, sete das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas:

Tecidos, vestuário e calçados (-17,1%)
Móveis e eletrodomésticos (-3,0%)
Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%)
Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,5%)
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,4%)
Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%)
Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%)

Apenas a atividade de Combustíveis e lubrificantes mostrou crescimento (12,2%) – resultado da política de redução do preço dos combustíveis, segundo Santos, destacando a deflação de 14,15% no item mostrado pelo IPCA de julho.

No comércio varejista ampliado, ambos os setores tiveram queda: Veículos e motos, partes e peças (-2,7%) e Material de construção (-2,0%).

O maior recuo foi em Tecidos, vestuário e calçados. Para Santos, o comportamento na atividade tem alguns fatores.

“Algumas das grandes cadeias comerciais apresentaram redução na receita, sobretudo na parte de calçados. Além disso, pode haver também escolhas do consumidor, considerando a redução da capacidade do consumo atual”, afirma.

No varejo ampliado, que engloba também as vendas de veículos e materiais de construção, a queda foi de 0,7%, a segunda seguida.

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