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Equipe de Lula prevê varredura em computadores da PF

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Uma das primeiras ações do futuro comando da Polícia Federal deverá ser uma varredura nos computadores da instituição.

A preocupação, segundo um interlocutor do presidente Lula (PT) para a área, é que agentes da PF alinhados com o bolsonarismo instalem programas espiões para monitorar o trabalho da nova equipe.

O temor se justifica diante da postura do presidente da República em relação à PF durante todo o mandato. Bolsonaro nunca escondeu de assessores que gostaria colocar aliados em postos-chave da corporação – o hoje aliado Sergio Moro deixou o cargo de Ministro da Justiça justamente acusando o presidente de tentar interferir na PF no Rio de Janeiro.

Só no cargo de diretor-geral, foram 5 nomes – um deles, Alexandre Ramagem, teve a posse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) diante da extrema proximidade com a família do presidente (na foto abaixo, Ramagem aparecem festa de fim de ano com Carlos Bolsonaro.)

Para esse assessor de Lula, a varredura pode ajudar a identificar se a PF foi usada para o que Bolsonaro chamava de “serviço de informações particular”, composto por agentes de segurança pública – não só da PF.

Lula ainda não definiu quem vai ocupar o cargo de diretor-geral mas, entre os nomes favoritos do presidente eleito, está o de Andrei Passos, que foi chefe da equipe de segurança do petista durante a eleição.

A atuação dele contra os responsáveis por fazer ameaças contra a vida do então candidato, batendo de frente com a corporação, e a experiência como coordenador nacional de segurança das Olimpíadas do Rio 2016 são algumas das credenciais que o favorecem.

Silvio de Almeida e Flávio Dino

Lula também ainda não definiu se manterá o Ministério da Justiça e Segurança Pública unificado,como é atualmente, ou se separará a pasta em duas.

Nessa segunda hipótese, dois nomes aventados para ocupá-las são os do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), na Segurança Pública, e do jurista Silvio de Almeida, na Justiça.

A lista de nomes, entretanto, inclui também o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski – que, como o blog adiantou, poderia antecipar a aposentadoria de maio para janeiro – e dos advogados Pierpaolo Bottini e Marco Aurélio Carvalho.

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