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Bolsonaro deve aplicar pragmatismo para aprovar reformas

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O presidente Jair Bolsonaro deveria ter o mesmo pragmatismo ao negociar com o “centrão” para garantir a aprovação de reformas estruturais no Congresso, que vão permitir uma recuperação da economia. A avaliação é de empresários e líderes partidários, preocupados com o clima de tensão política em Brasília.

Para empresários e líderes no Congresso, o presidente da República está na linha correta ao buscar se aproximar de partidos no Legislativo, mesmo que sejam do “centrão”, num movimento pragmático para formar uma base aliada de pelos menos 200 deputados. O objetivo é evitar a tramitação de um pedido de impeachment ou a aprovação da abertura de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF).
Eles avaliam, porém, que o presidente deveria estender esse tipo de negociação a outras legendas, na busca de ampliar ainda mais uma base aliada no Parlamento para garantir a aprovação de reformas estruturais, como a administrativa e a tributária, que poderão gerar um clima favorável na economia.

Empresários estão preocupados com a demora do Executivo em procurar o Legislativo para negociar uma agenda mínima de reformas estruturais, que deveria começar a ser definida neste período de combate ao coronavírus. O ideal, segundo empresários, é que o Congresso já começasse a votá-las no segundo semestre deste ano.

Com isso, seria possível gerar um ambiente favorável já a partir de setembro ou outubro para que a atividade econômica no país desse sinais de recuperação. Sem essa iniciativa, o clima de imprevisibilidade vai permanecer e os investimentos não vão ser retomados, afundando ainda mais o Brasil na recessão. A retração, neste caso, poderia chegar aos dois dígitos. Hoje a previsão é que ela pode chegar a 7% do Produto Interno Bruto.

Nos últimos dias, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, vem defendendo esse tipo de agenda, voltado para aprovação de medidas para melhorar o ambiente econômico no país, combater o desemprego e auxiliar as faixas da população mais atingidas pela retração econômica causada pela crise do coronavírus. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também tem cobrado esse movimento.

Só que, na avaliação de empresários e líderes partidários, o clima de confronto, estimulado principalmente pelo presidente da República, acaba impedindo que as divergências sejam deixadas de lado e Planalto e Congresso negociem uma agenda em favor da recuperação econômica no país.

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