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Ações de Itaú Unibanco e Inter caem por motivos diferentes; entenda

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A pedestrian passes in front of a Itau Unibanco Holding SA bank branch in Brasilia, Brazil, on Friday, Jan. 20, 2017. Itau, the biggest bank in Latin America by market value, has reached an agreement to postpone to January 2022 the acquisition of shares of Colombia's CorpBanca. Photographer: Gustavo Gomes/Bloomberg

As ações do Itaú Unibanco e do banco Inter iniciaram o pregão As ações do Itaú Unibanco fecharam o pregão de sexta-feira (1) acima dos R$ 27. As ordinárias ITUB3 terminaram o dia cotadas a R$ 27,74, enquanto as preferenciais ITUB4 fecharam aos R$ 29,77. Nesta manhã de segunda-feira, porém, ambas operam abaixo dos R$ 24.

Mas o maior banco da América Latina não colhe desvalorização do negócio e, sim, um ajuste do preço das ações após o “divórcio” definitivo com a XP. Em 2017, o banco comprou 49,9% da XP, que era avaliada em R$ 12 bilhões naquela época.

Em 2019, a corretora fez sua oferta pública inicial (IPO) na bolsa americana Nasdaq e é avaliada hoje em mais de US$ 22 bilhões (quase R$ 120 bilhões).

A saída do investimento do Itaú estava sendo negociada há meses. Em dezembro, o banco havia vendido uma fatia de 5% que tinha na empresa e separado o restante em uma empresa chamada XPart, que será agora incorporada à XP.

Aos acionistas controladores do Itaú serão fornecidas ações da XP. Aos demais investidores, parte das ações que eram do Itaú serão convertidas em BDRs da XP (XPBR31), que replicam o desempenho da XP na Nasdaq.

Na prática, portanto, o investidor não teve perda financeira com a operação apesar do ajuste de preço nas ações do banco.
Banco Inter

O caso do banco Inter é diferente. O pregão desta segunda-feira é mais uma mostra de fragilidade das ações da empresa, que colhem queda superior a 20% no último mês.

Além de uma desvalorização natural pela saída de investidores do setor de tecnologia — mais volátil e arriscado, em busca de ativos mais seguros — o Inter colhia quedas pela possibilidade de aumento dos provisionamentos da empresa.

Provisionamentos são aumentos das reservas para possíveis calotes das carteiras de crédito dos bancos. Em outras palavras, o acionista teme que o Inter tenha que reservar mais dinheiro para se resguardar e deixe de investir em crescimento, por exemplo.

Para amortecer a desvalorização, o Inter divulgou uma prévia operacional em que mantém a provisão em relação aos trimestres anteriores, representando 2,5% da carteira de crédito.

Além disso, informou que a companhia alcançou 14 milhões de clientes no terceiro trimestre, crescimento de 16% sobre o segundo trimestre deste ano e de 94% sobre o terceiro trimestre de 2020.

Por ora, não houve grandes efeitos. Por volta das 13h10, as ações ordinárias BIDI3 caiam 9,5% e as ordinárias BIDI4, 9,4%.

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