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Desemprego fica em 14,6% e atinge 14,8 milhões no trimestre

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A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,6% no trimestre encerrado em maio, apontam os dados divulgados npelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa um contingente de 14,8 milhões de pessoas buscando por uma oportunidade no mercado de trabalho no país.

De acordo com o IBGE, esta foi a segunda maior taxa de desemprego da série histórica, iniciada em 2012. A taxa recorde, de 14,7%, foi registrada nos dois trimestres imediatamente anteriores, fechados em março e abril. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

Já o nível de ocupação ficou em 48,9%. O IBGE destacou que este indicador está abaixo de 50% desde o trimestre terminado em maio do ano passado, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no mercado de trabalho.

A pesquisa também mostrou que:

Em um ano, aumentou em 2 milhões o número de desempregados no país;
Número de trabalhadores ocupados no mercado aumentou em 772 mil no mesmo período;
Trabalho por conta própria foi a única categoria que cresceu no trimestre;
Em um ano, país ganhou quase 2 milhões de trabalhadores por conta própria;
País perdeu 1,3 milhão de carteiras assinadas em um ano;
Já o número de trabalhadores sem carteira aumentou em 586 mil no período;
Número de empregadores foi reduzido em 311 mil em um ano;
Informalidade cresce e puxa alta da ocupação, mas segue abaixo do nível pré-pandemia;
Faltam oportunidades no mercado para 33 milhões de trabalhadores no país;
Em um ano, aumentou em 2,6 milhões o número de trabalhadores subutilizados;
Subucopação por insuficiência de horas bateu recorde;
2 milhões de desempregados a mais em um ano
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o número de desempregados aumentou em 2 milhões de pessoas. Já o número de pessoas ocupadas no mercado aumentou em apenas 772 mil pessoas, o que é considerado com estabilidade estatística.

A gerente da pesquisa, Adriana Beringuy, ponderou que essa estabilidade da população ocupada é resultado de um efeito da base de comparação, já que pela primeira vez os dados passam a ser comparados com outro trimestre que também estava sob efeitos da pandemia.

“Estou comparando com março-abril-maio de 2020, quando estavam instalados os efeitos sobre a pandemia. Estou manifestando um efeito base de comparação. Estou comparando ambiente pandêmico com ambiente pandêmico. Por isso que há essa reversão para um resultado de estabilidade”, apontou a pesquisadora.
Trabalho por conta própria freia o desemprego
O IBGE apontou que o desemprego ficou estatisticamente estável em relação aos dois trimestres imediatamente anteriores. Isso ocorreu graças ao trabalho por conta própria, que cresceu no período.

De acordo com a pesquisa, a população na força de trabalho, que inclui os trabalhadores ocupados e desocupados, cresceu em 1,2 milhão de pessoas na comparação com o trimestre terminado em fevereiro.

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